A história do movimento Black Rio, pilar importante na afirmação do orgulho negro no Brasil, está contada no documentário Black Rio! Black Power!, que estreia nesta quinta-feira, 12, às 20 horas, no Cine Metrópolis.
A sessão de estreia contará com discotecagem antes da exibição e, após o encerramento do filme, o pesquisador e DJ Izanel Julio Thomaz, integrante do Clube do Vinil, conversará com o público sobre as músicas que marcaram o movimento. Na sessão desta quinta, o público em geral paga o valor da meia-entrada (R$ 8). Os ingressos estão disponíveis pelo site LeBillet.
Dirigido por Emílio Domingos (A Batalha do Passinho e Favela é Moda), Black Rio! Black Power! resgata a influência do movimento Black Rio na cultura, na sociedade e nos processos de luta por justiça racial no Rio de Janeiro e no Brasil entre as décadas de 1970 e 1980. A partir da trajetória de Dom Filó, DJ e produtor musical fundamental no surgimento da cena, o filme apresenta o impacto do movimento na música e nos rumos da política e do movimento negro no período de redemocratização, influenciando gêneros como o hip hop e o funk.
Em cartaz
Depois do sucesso de As Boas Maneiras e Trabalhar Cansa, a cineasta paulista Juliana Rojas apresenta duas histórias sobre migração entre a zona rural e a área urbana em Cidade; Campo, que continua em cartaz no Metrópolis. O cinema também segue exibindo o filme-concerto Stop Making Sense, de Jonathan Demme, que acompanha um show da banda Talking Heads em 1983.
Confira as sinopses dos filmes em cartaz no Cine Metrópolis de 12 a 18 de setembro:
Black Rio! Black Power!, de Emílio Domingos (Brasil, 2023)
Os bailes de soul music, que deram origem ao movimento Black Rio, eram espaços de afirmação e resistência política do jovem negro do Rio de Janeiro nos anos 1970. A partir das trajetórias de Dom Filó e da equipe de som Soul Grand Prix, o filme apresenta a importância da cena musical na luta por justiça racial durante a ditadura militar brasileira, sua influência no hip hop e no funk, e o impacto nas novas gerações do orgulho negro e da valorização estética difundidos há décadas.
Cidade; Campo, de Juliana Rojas (Brasil, 2024)
Após o rompimento de uma barragem inundar sua terra natal, a trabalhadora rural Joana se muda para São Paulo para encontrar sua irmã Tânia e luta para sobreviver na “cidade do trabalho”. Já Flávia se muda com Mara, sua companheira, para a fazenda que herdou do pai, falecido recentemente. A natureza obriga as duas mulheres a enfrentarem frustrações e lidarem com memórias e fantasmas.
Stop Making Sense, de Jonathan Demme (Estados Unidos, 1984)
Um filme-concerto que documenta a banda nova iorquina Talking Heads no auge de sua popularidade, em 1983. A banda liderada por David Byrne sobe ao palco com um grupo de músicos convidados para uma performance cinematográfica que apresenta coreografia e visuais criativos embalados por sucessos como Psycho Killer, Take Me to the River e Once in a Lifetime.
Confira os horários das sessões na página do Cine Metrópolis.