Orquestra Sinfônica do Espírito Santo recebe maestro alemão para dois concertos no Teatro Universitário

13/08/2024 - 17:36  •  Atualizado 13/08/2024 18:19
Texto: Leandro Reis     Edição: Thereza Marinho
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Foto em close do maestro Knut Andreas em posição de regência

As tradicionais séries Quarta e Quinta Clássica, da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses), chegam ao palco do Teatro Universitário nesta quarta, 14, e quinta-feira, 15, a partir das 20 horas, regidas pelo maestro convidado Knut Andreas. Atual regente da Orquestra Sinfônica de Piracicaba, o maestro alemão se junta à Oses para apresentar obras dos compositores Flávio Régis Cunha, Sergei Prokofiev e Pyotr Ilyich Tchaikovsky.

Os ingressos para o concerto custam R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira) e estão à venda na bilheteria do teatro, das 14 às 19 horas, e pelo site LeBillet.

O repertório começa com duas obras do gênero “abertura”, com a Abertura Trágica, de Flávio Regis Cunha, escrita em 2016, sob forte influência de compositores como Brahms, Ravel, Bach e Philip Glass, para desaguar na Abertura Sobre Temas Hebreus, do russo Prokofiev, composta em 1919. Como explica Andreas, o programa faz um caminho da contemporaneidade até o passado.

“Começamos o concerto refletindo o presente e o passado na música através do mesmo gênero musical”, diz o maestro, que fecha o concerto com uma obra de Tchaikovsky. “Prokofiev nos leva à música do grande compositor russo, cuja quarta sinfonia será apresentada.”

A realização das séries Quarta e Quinta Clássica é da Cia. de Ópera do Espírito Santo (Coes), Orquestra Sinfônica do Espírito Santos (Oses), Secretaria da Cultura (Secult) e Ministério da Cultura (MinC), por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Cultural Vale e parceria da Fecomercio/Sesc.

Intercâmbio

Desde 2022 atuando como regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Piracicaba, Knut Andreas tem uma ligação antiga com o Brasil, participando de várias apresentações com orquestras de diferentes estados no país. A relação, ele conta, nasceu de uma viagem turística.

“A paixão pelo Brasil e o amor pela música, cultura e língua começaram em uma viagem a Manaus, em 2006. Nos anos seguintes, algumas coincidências resultaram em contatos com cantores, músicos, maestros e compositores brasileiros”, lembra.

A relação se aprofundou quando, em 2011, Andreas desenvolveu um projeto de intercâmbio cultural entre o Brasil e o estado de Brandemburgo, onde nasceu, intitulado Brandemburgo-Brasil. A iniciativa levou vários solistas e regentes brasileiros para concertos em Potsdam, capital de Brandemburgo.

“Cada viagem, cada concerto no Brasil é um presente na minha vida. O trabalho com os músicos brasileiros é enriquecedor e cria muitos frutos tanto aqui no Brasil quanto na Alemanha”, afirma.

Foto: Nanah d'Luize

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