Por Hélio Marchioni
A equipe do professor de Medicina da Ufes, Jhonson Joaquim Gouvêa, desenvolveu e utiliza a única técnica no mundo que não amputa o pênis nas cirurgias de redesignação sexual, mais conhecida como cirurgia de mudança de sexo. Essa técnica recebe o nome de Cirurgia de Transgenitalização do Masculino para o Feminino com Preservação dos Corpos Cavernosos.
O Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam) é referência no tratamento da chamada desordem do transtorno de identidade para transexuais e transgêneros e a cirurgia é uma das etapas do Programa de Transgenitalização.
Avaliação
O professor Gouvêa, que também é o coordenador do Programa de Transgenitalização no Estado, lembra que “os pacientes passam por avaliação endocrinológica, ginecológica, psiquiátrica e social por, no mínimo, dois anos, até serem liberados para o procedimento cirúrgico. Como é um processo irreversível, ele deve ser muito bem acompanhado e avaliado”.
Desde 1998 já foram realizadas 33 cirurgias e atualmente existem 12 pessoas na fila para fazer a cirurgia de redesignação sexual. A cirurgia é gratuita e os interessados devem procurar o setor de Urologia do Hucam.