Comunidade acadêmica do Ceunes recebe palestra sobre o Novo Acordo do Rio Doce e contribuições da Ufes

A comunidade acadêmica do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes, localizado no campus de São Mateus) conheceu esta semana detalhes sobre o Novo Acordo do Rio Doce e as possíveis contribuições da Ufes junto às populações que serão contempladas. A apresentação foi realizada pela superintendente de Projetos e Inovação da Ufes, Miriam de Magdala, na última quarta-feira, 1º de outubro. 

O acordo prevê a destinação de cerca de R$ 100 bilhões em ações de reparação e compensação pelos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em 2015, na cidade de Mariana (MG).

Durante as duas sessões realizadas, a superintendente destacou o potencial de financiamento de projetos para a região da Bacia do Rio Doce, abrangendo diretamente o norte capixaba, região de atuação do Ceunes. Além disso, aproximadamente R$ 280 milhões serão repassados diretamente aos municípios de São Mateus e Conceição da Barra, ao longo dos próximos 20 anos, para iniciativas de impacto socioambiental positivo.

Soluções

Miriam de Magdala ressaltou a importância da Universidade no processo de gestão e aplicação desses recursos, tanto na proposição de projetos inovadores quanto na produção de conhecimento científico que apoie soluções sustentáveis para a região, e destacou que o Ceunes exerce um papel estratégico no processo. “A produção de conhecimento e a ligação da Universidade com a sociedade local a colocam em posição privilegiada para propor soluções que assegurem o melhor uso dos recursos”, afirmou.

Estudantes, professores e técnicos participaram ativamente do encontro, levantando questões sobre a natureza e tamanho dos projetos, prazos de submissão e implementação e as oportunidades de engajamento das comunidades acadêmica e local nos projetos a serem propostos.

O reitor da Ufes, Eustáquio de Castro, reforçou a relevância da participação da Universidade nesta construção coletiva, tendo em vista sua legitimidade junto à sociedade e destacou o Ceunes como agente central nas discussões sobre o futuro da Bacia do Rio Doce no norte do Espírito Santo.