Leila Danziger é a segunda convidada do projeto Ofício febril. Palestra com a artista será nesta quinta, 11, aberta ao público

09/09/2025 - 15:18  •  Atualizado 09/09/2025 19:35
Texto: Leandro Reis     Edição: Thereza Marinho
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Cartaz de divulgação da palestra

A professora e artista Leila Danziger é a segunda convidada do projeto Ofício febril, vinculado ao Departamento de Artes Visuais da Ufes e dedicado à formação de um ateliê de tipografia voltado para produções artísticas contemporâneas. Nesta segunda atividade, o projeto contará com a palestra Como descartar o que guarda tantos nomes?, ministrada por Danziger, no Museu de Arte do Espírito Santo (Maes), nesta quinta-feira, 11, a partir das 18 horas. O evento é aberto ao público.

Partindo de jornais, livros, documentos e objetos diversos, a palestra apresentará o trabalho da artista diante de questões como o descarte e o esquecimento de materiais tidos como obsoletos. “Ao tentar apagar/esquecer a montanha de informações que nos sufocam e nos submetem ao seu ditame, Danziger nos torna mais leves. Ela estende nosso horizonte e alarga nosso espaço lúdico de ação”, escreve o professor Márcio Seligmann-Silva, no livro Leila Danziger: Todos os nomes da melancolia.

Residente no Rio de Janeiro, Danziger recebeu, em 2023, o Prêmio Sesc de Arte Brasileira na 22ª Bienal Sesc_Video Brasil, e foi indicada ao Prêmio Pipa em 2019. Seus trabalhos entrelaçam o fazer artístico e a pesquisa acadêmica como professora do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), abrangendo diversos meios, a exemplo de técnicas de impressão e de apagamento, fotografia, pintura, vídeo, instalação e escrita.

Imagem
Foto da artista na 22ª Bienal Sesc_Video
Leila Danziger na 22ª Bienal Sesc_Video Brasil

Dentre seus projetos principais, figuram Diários públicos, série em processo contínuo realizada a partir do apagamento de jornais impressos, e Navio de emigrantes, que homenageia Lasar Segall e conecta o Atlântico e o Mediterrâneo, ou seja, a crise de refugiados na Segunda Grande Guerra e a crise atual. Desde 2012, a artista é bolsista de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na área de artes visuais (criação). Também é autora dos livros de poesia publicados pela Editora 7Letras: Cinelândia (2019), Ano novo (2016) e Três ensaios de fala (2012).

Projeto

Primeiro ateliê de tipografia voltado para produções artísticas contemporâneas no Espírito Santo, o projeto Ofício febril conta com palestras e oficinas formativas com convidados, produção artística em processos gráficos com artistas e uma semana de ateliê aberto à visitação. A iniciativa é realizada com recursos do Edital de Seleção de Projetos nº 9/2024 - Artes Visuais, da Secretaria de Cultura do Estado do Espírito Santo, e tem coordenação da professora Aline Dias e do professor Diego Rayck, ambos do Departamento de Artes Visuais da Ufes.

Foto da artista: Bienal Sesc_Video Brasil

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