Luccas Martins e Quarteto Zuri apresentam o som exótico do handpan em espetáculo gratuito no Teatro Universitário

08/05/2025 - 14:05  •  Atualizado 12/05/2025 08:00
Texto: Leandro Reis     Edição: Thereza Marinho
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Foto do músico Luccas Martins segurando o handpan e o Quarteto Zuri

Uma experiência intimista e envolvente espera o público do Teatro Universitário neste sábado, 10. A partir das 19h30, o percussionista Luccas Martins sobe ao palco acompanhado do Quarteto Zuri no espetáculo Handpan Brasileiro: Ancestral e Sinfônico, que apresenta composições de Martins em arranjos exclusivos para o formato com cordas. O concerto tem entrada aberta ao público, sujeita à lotação do teatro.

O espetáculo é baseado num concerto apresentado por Martins ao lado da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses) em 2022, em Vitória, que também trazia a percussão do handpan como elemento central. Desta vez, porém, as composições foram adaptadas para o quarteto formado por Jacqueline Lima (violino), Ana Vitória Sales (violino), Dayse Sales (viola) e Jéssica Vianna (violoncelo).

“O quarteto de cordas tem que traduzir, em quatro instrumentos, o que uma orquestra inteira de 50 membros faz. Muitas vezes isso funciona quando a gente privilegia o silêncio em vez da nota”, explica Martins. “Se você tem uma formação pequena e trabalha com muitas notas, você pode sentir falta na hora de colocar uma pressão sonora maior. No caso do quarteto, ao fazer as notas aparecerem no momento oportuno, você valoriza cada instrumento enquanto solista”.

Som doce e exótico

À frente das cordas, o handpan se notabiliza pelo som doce e exótico que imprime nas canções. Criado no início dos anos 2000 por um casal de músicos suíços, o instrumento nasceu como uma fusão do steel pan (ou tambor de aço), natural de Trinidad e Tobago, e do ghatam, da Índia, e ao longo dos anos foi adquirindo o design e as características sonoras que hoje o definem.

“Ele é melódico e harmônico ao mesmo tempo e pode ser tocado por qualquer pessoa, não é preciso conhecimento técnico de músico. Se tocar duas notas seguidas, ele dá a sensação de um som cheio, porque a nota anterior reverbera na seguinte”, explica Martins. O músico lembra que se interessou pelo instrumento em 2018, enquanto viajava pela Ásia. “Como arranjador, o handpan tem o lado melódico, e eu sou percussionista, então aquilo me intrigou. Depois passei a compor direto no handpan e tocar as composições feitas nele em outros instrumentos”, diz.

Entre composições e experimentos, Luccas Martins segue com a agenda cheia. Além do espetáculo concebido para o formato com cordas, o músico levará o som do handpan para uma formação com metais, no Amazonas Green Jazz Festival, em Manaus, no mês de agosto. Também em julho ele se apresentará com a Oses no Parque Cultural Casa do Governador, em Vila Velha, num concerto de choro. Ainda neste mês, ele lançará o segundo single do disco Pomar, gravado ao lado do músico Tiago Gomes.

Foto: Giulyanna Cipriano

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