Reitor recebe representantes do Sintufes para dialogar sobre greve dos técnicos

13/03/2024 - 15:55  •  Atualizado 14/03/2024 16:58
Texto: Leandro Reis     Edição: Ruth Reis
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Pessoas presentes na reunião, sentadas em volta de uma mesa de madeira, com o reitor da Ufes sentado na cabeceira

O reitor Paulo Vargas recebeu na manhã desta quarta-feira, 13, representantes dos Sindicato dos Trabalhadores da Ufes (Sintufes). Em reunião no Gabinete da Reitoria, o reitor foi informado que a assembleia do sindicato que representa os trabalhadores técnico-administrativos, ocorrida no dia 12 de março, aprovou o indicativo de greve decidido pela plenária da Federação dos Sindicatos dos Técnicos Federais da Educação e da Cultura (Fasubra), realizada no último sábado, 9. 

No encontro, foi definido que uma comissão será instituída pela Reitoria, com representação do Sintufes e da Administração Central, para definir encaminhamentos, em especial os relacionados à preservação dos serviços essenciais no período de paralisação. Uma nova reunião será agendada nos próximos dias incluindo integrantes da gestão eleita, que assumirá a Ufes no fim deste mês.

O reitor disse na reunião que compreende e respeita o direito dos trabalhadores à greve, concordando que há “um déficit acumulado de longa data em termos salariais, além de equipes de trabalho que precisam ser recompostas”. Também destacou que é preciso considerar que as aulas continuam, uma vez que os professores não estão em greve, e que é preciso assegurar os direitos dos estudantes. “Enquanto gestores responsáveis pela condução da Universidade, temos que garantir que serviços essenciais da Ufes se mantenham funcionando”.

Pessoas presentes na reunião, sentadas em volta de uma mesa de madeira

O coordenador geral do Sintufes, Wellington Pereira, disse na reunião que a greve dos trabalhadores visa também chamar a atenção do Governo Federal para a construção de um projeto de educação pública no país. “Nossa pauta não é só a revisão da carreira dos técnico-administrativos. Precisamos de uma reestruturação das finanças para a educação pública. É necessário que a administração pública entenda essa situação”, afirmou.

O coordenador de Imprensa, Cultura e Esportes do Sintufes, Daniel Pompermayer, afirmou que a defasagem salarial dos técnicos tem afastado os trabalhadores do serviço público. “Estamos vendo um número recorde de evasão na carreira. Não gostaríamos de estar em greve. Mas estamos fazendo uma luta pela universidade pública”, disse.

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