
O projeto de extensão Som na Sexta viaja no tempo para trazer nesta sexta-feira, 4, um recital com alaúde, instrumento pouco conhecido. O evento terá a apresentação do alaudista José Eduardo Costa Silva, professor do Departamento de Teoria da Arte e Música do Centro de Artes da Ufes. O encontro musical, gratuito e aberto à comunidade, acontecerá a partir das 18 horas, na sede do Instituto Marlin Azul (IMA), na rua Oscar Rodrigues de Oliveira, 570, em Jardim da Penha, Vitória.
Com origens no Oriente Médio, o alaúde foi difundido pela cultura moura na Europa a partir do século XVIII, ganhando novas características. Trata-se de um instrumento de corda palhetada ou dedilhada, com braço trastejado e uma caixa de ressonância em forma de meia pera, com costas abauladas. Seu braço, diferentemente do violão, é mais largo e curto, com a extremidade bastante inclinada.
Quem for ao recital conhecerá de perto o instrumento e apreciará o programa Música Francesa para Alaúde: Danças Retóricas, produzido e organizado pelo músico e professor Costa Silva. Na Ufes, o docente e instrumentista desenvolve projetos de pesquisa em música, artes, linguagem, composição musical, musicologia, filosofia e psicanálise. Ele é pós-doutor, doutor e mestre em Música pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio), e historiador e especialista em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Costa Silva também é autor dos livros Heidegger e a Música da Poesia; Música, Alma e Desejo - segundo os gregos; e Arte, Música e Verdade no Pensamento de Martin Heidegger, dentre outros. Sua produção fonográfica reúne títulos nos gêneros da música barroca e renascentista. O instrumentista também compõe para o teatro e o cinema, e é membro efetivo da Sociedade do Alaúde da América (Lute Society of America), e da Sociedade Francesa de Alaúde (Société Française de Luth).
Sobre o projeto
O projeto Som na Sexta/IMA Musical nasceu da parceria entre o Instituto Marlin Azul e o Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGA) da Ufes, e do desejo comum de promover encontros musicais informais numa sexta-feira de cada mês. A cada edição, um ou mais artistas são convidados para a apresentação de um pequeno conjunto de peças de compositores locais, nacionais ou internacionais.
O objetivo do projeto, lançado em março de 2024, é criar um espaço-tempo para que estudantes e profissionais do estado se apresentem em um ambiente descontraído, aproximando a arte das pessoas, por meio de encontros gratuitos e abertos ao público. O projeto de extensão tem a coordenação das professoras Stela Maris Sanmartin e Mirna Azevedo Costa. A curadoria é do professor e violoncelista Daniel Enache.