Tirar dúvidas e promover o uso racional de medicamentos psicoativos que tratam de transtornos mentais. Esse é o objetivo do projeto de extensão AtivaMente, iniciativa que desde o ano passado utiliza as redes sociais, como o Instagram e o Whatsapp, para orientar a população sobre como ministrar esses medicamentos de forma segura e adequada.
Quem acessar o Instagram do projeto terá acesso a publicações em vídeo e imagens que buscam informar sobre como o uso inadequado de medicamentos pode levar a problemas de saúde física e mental, como dependência, abuso e graves efeitos adversos.
Também pelo perfil da rede social, o interessado poderá tirar suas dúvidas via WhatsApp com profissionais do projeto. Atualmente, a iniciativa conta com 17 pessoas, entre estudantes de Medicina e Farmácia e profissionais da área da saúde, como psicóloga, psiquiatra e farmacêuticos.
“Quando a pessoa tem alguma dúvida sobre um medicamento, ela pode entrar em contato pelo WhatsApp. Ele serve como um centro de informações sobre saúde mental. A gente conversa com a pessoa pelo chat para informá-la”, explica Dyego Araújo, professor do Departamento de Farmácia da Ufes e coordenador do projeto.
De acordo com o professor, dependendo da necessidade da pessoa que buscou o auxílio do AtivaMente, o atendimento pode ir além de informações sobre determinado medicamento.
“Para alguns pacientes, a conversa pelo chat não é suficiente. Nesses casos, nós agendamos uma consulta farmacêutica por videochamada para orientar sobre o uso dos medicamentos”, ressalta ele.
Sigilo
Araújo lembra que todas as informações pessoais do paciente são mantidas em sigilo e elas são acessadas apenas por pessoas autorizadas. “Os atendimentos são reservados e o acesso às conversas do WhatsApp é restrito a um farmacêutico, pós-graduando, e à coordenação do projeto”, reforça.
Segundo o professor, a ideia é que o projeto tenha uma expansão em seu corpo no futuro. “A longo prazo, queremos construir uma equipe multiprofissional para acompanhar e atender os pacientes com transtornos mentais”, conclui.