
Estudantes de graduação e pós-graduação da Ufes que se interessem na relação entre saúde e natureza e em temas como agroecologia, educação, sociedade e Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) podem se inscrever para atuarem como voluntários do programa de extensão Florescer Saúde: Cultivando Vidas. Serão ofertadas dez vagas destinadas a alunos de quaisquer cursos, desde que tenham disponibilidade mínima de três horas semanais para a realização de atividades no entorno da Clínica Escola Interprofissional em Saúde (Ceis/Ufes), no campus de Maruípe. As inscrições se encerram no dia 15 de maio.
O processo seletivo contará com verificação documental (formulário de inscrição e regularidade da matrícula); avaliação da grade curricular, visita técnica (para que os candidatos conheçam as instalações do programa); e entrevista individual. O resultado final será divulgado no dia 27 de maio por e-mail e no perfil do Florescer no Instagram.
Os estudantes selecionados atuarão no programa por um semestre letivo, período que poderá ser renovado por interesse do voluntário e da coordenação. No final da participação, o aluno que apresentar resultado satisfatório receberá certificado emitido pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex/Ufes).
Espaços humanizados
O programa é coordenado pela enfermeira da Ufes Sara Luiz, que, desde 2021, cria espaços humanizados de caráter coletivo e colaborativo que sirvam como instrumentos pedagógicos teóricos-práticos para o desenvolvimento de ações terapêuticas, atividades de promoção da saúde, práticas integrativas e complementares (PICs), educação em saúde e educação ambiental voltados para a comunidade interna e externa à Universidade.
De acordo com a enfermeira, a ideia é ocupar e transformar espaços ociosos nos arredores da Ceis/Ufes por meio de ações de paisagismo e plantio agroecológico de alimentos e ervas medicinais cultivados nos Laboratórios Vivos, que incluem horta comunitária, jardim sensorial, jardim de abelhas nativas e espaço de compostagem. “A proposta é criar espaços coletivos potentes de interação e reflexão no meio universitário, que permitam trocas de vivências e experiências, promoção de cidadania, empoderamento, autonomia, resgate de saberes e práticas tradicionais, e promoção de saúde e qualidade de vida para as pessoas”, explica.
Bolsista do programa, a estudante do sétimo período de Fonoaudiologia Larissa Bessa diz que o Florescer a possibilitou entrar em contato com estudantes e profissionais de outras áreas, enriquecendo suas aptidões profissionais e pessoais. “É uma experiência por meio da qual você consegue construir um conhecimento de forma multidisciplinar. Além disso, quando a gente está nos períodos iniciais, não temos tanta oportunidade prática de vivências em saúde coletiva. Ao participar do programa, a gente tem a chance de ter contato com pacientes e entender as demandas daqueles indivíduos”, finaliza.