Universidade Federal do Espírito Santo
A comunidade universitária da Ufes foi pega de surpresa, na manhã desta segunda-feira, 13, com o fechamento de todos os portões de acesso ao campus de Goiabeiras por parte de alguns professores grevistas. Diante desta atitude, que impede as pessoas de entrarem no campus, as atividades presenciais no local estão suspensas nos períodos vespertino e noturno, e as atividades administrativas emergenciais/essenciais, na medida do possível, serão realizadas de forma remota, mediante acordo entre servidor e chefia, e havendo estrutura tecnológica disponível por parte do servidor.
Considerando que parte da equipe do Restaurante Universitário não conseguiu entrar no campus de Goiabeiras, também não foi possível viabilizar o preparo e fornecimento de refeições, o que levou à suspensão das atividades acadêmicas no campus de Maruípe, no período da tarde.
Mais uma vez, a Administração Central da Ufes afirma que reconhece a legitimidade da greve, que ocorre em nível nacional e apresenta reivindicações em favor das universidades e do ensino superior público federal. No entanto, é obrigação da gestão zelar pelo bem-estar da comunidade universitária, bem como impedir atitudes abusivas, como as que vêm sendo cometidas pela Associação dos Docentes da Ufes (Adufes) em nível local.
Ao novamente trancar os portões de acesso ao campus de Goiabeiras, a entidade descumpre acordos, já que a gestão da Universidade tem mantido diálogo constante com representantes da categoria, como na reunião realizada no dia 6 de maio, quando o comando de greve foi recebido pelo reitor e pela vice-reitora. Observa-se, ainda, que foi solicitada uma nova reunião com o comando de greve, previsto para ocorrer ainda hoje, às 15h30, reiterando o esforço da Administração na busca de soluções por meio de ações pacíficas e democráticas.
Sobre a reivindicação de suspensão do calendário acadêmico, a Administração informa que o assunto está sendo discutido em vários fóruns e que, até o momento, a comissão responsável pelo tema não solicitou que o mesmo fosse pautado para discussão e eventual deliberação junto à plenária do Conselho de Ensino e Pesquisa e Extensão (Cepe), que é o órgão central da Ufes em matéria de supervisão de ensino, pesquisa e extensão, com funções deliberativas e consultivas.
Cabe ressaltar ainda que, antes de inserir o assunto na pauta do Cepe, a comissão responsável deve abrir ampla discussão com a comunidade acadêmica, considerando especialmente a relevância e os impactos que a suspensão do calendário pode ocasionar no andamento das atividades na Universidade.
