Nadada pelo Clima celebra o Dia Mundial do Oceano neste domingo, 8. A atividade é gratuita e aberta ao público

06/06/2025 - 14:55  •  Atualizado 08/06/2025 17:33
Texto: Thiago Sobrinho     Edição: Thereza Marinho
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Cartaz de divulgação do evento

Para comemorar o Dia Mundial do Oceano, celebrado no próximo domingo, dia 8, a Prainha da Ilha do Frade, em Vitória, recebe a ação ecológico-cultural Nadada pelo Clima. O evento começa às 7 horas e o percurso a nado será ao redor da Ilha das Andorinhas. A atividade é gratuita, aberta a todos os públicos, e as pessoas interessadas em participar podem se inscrever neste link.  

O objetivo do evento é permitir aos participantes nadar em mar aberto e refletir sobre sua relação com o oceano e o meio ambiente. Aqueles que não sabem nadar contarão com o apoio de uma escola de natação, além da presença da Associação de Guarda-Vidas de Vila Velha. Haverá ainda suporte de associações de ecoturismo de Vitória, que disponibilizarão caiaques para quem quiser explorar o local de uma forma diferente.

A Nadada encerra o projeto Conexões Costeiras Sudeste, que realizou, durante o mês de maio e início de junho, uma série de oficinas on-line e presenciais em Vitória. As ações integraram um projeto da Rede Climatizando e foram organizadas pelo Laboratório de Política Ambiental e Justiça da Ufes (Lapaj), coordenado pela professora do Departamento de Ciências Sociais Cristiana Losekann.

A programação contou ainda com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e do Pulitzer Center.

Inspiração

Segundo Losekann, a Nadada pelo Clima se inspirou tanto no projeto de extensão Organon — que visa investigar e promover a ação coletiva de movimentos sociais e organizações da sociedade civil — quanto em metodologias de educação popular, como as de Paulo Freire, além de discussões filosóficas baseadas no pensamento do filósofo pragmatista John Dewey.

“Se falamos de relações socioambientais, estamos falando da relação com o oceano, da questão da mineração, da terra, da biodiversidade e do mar. Nada mais apropriado que fechemos esse momento com uma experiência, de fato, imersa. A atividade é um convite para que os participantes expressem, de forma gestual, o que gostariam que fosse feito ou deixasse de ser feito em nosso meio ambiente. Mergulhamos e, ao mesmo tempo, refletimos sobre a nossa existência”, explica.

Destaque internacional

O projeto Conexões Costeiras Sudeste surgiu a partir da conquista de um prêmio do Pulitzer Center, voltado ao desenvolvimento de iniciativas que fortalecem a sociedade civil em preparação para a COP30 - Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. A iniciativa que representa a Ufes é uma das 13 selecionadas dentre mais de 600 inscritas em todo o mundo.

Durante a sua realização, foram ministradas oficinas virtuais baseadas em reportagens produzidas por jornalistas do Pulitzer Center. A partir dessas matérias, foram criados microdocumentários, todos disponibilizados no YouTube, assim como as oficinas.

O projeto reuniu pesquisadores, comunidades tradicionais, associações, ONGs e profissionais da área socioambiental. As oficinas trabalharam temas como mineração, mineração no mar, cultura oceânica, resíduos sólidos (plástico) e empreendimentos de infraestrutura, como portos.

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