
O professor e pesquisador do Departamento de Enfermagem e líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Oncologia (Geponc) da Ufes, Luis Carlos Lopes Júnior, é um dos coautores do novo guia da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) com foco no diagnóstico precoce do câncer em crianças e adolescentes.
Intitulado Early diagnosis of cancer in children and adolescents: Interactive quick reference guide (Diagnóstico precoce do câncer em crianças e adolescentes: guia interativo de referência rápida), o material integra a Iniciativa Global Cura Total da OMS para o Câncer Infantil, que visa ampliar o acesso equitativo e a qualidade do cuidado oncológico pediátrico. Segundo Lopes Júnior, “a meta é elevar a taxa global de sobrevida de crianças com câncer para, pelo menos, 60% até 2030, salvando a vida de mais de um milhão de crianças e adolescentes”.
O guia, publicado em inglês e espanhol, está disponível no site oficial da OPAS/OMS e deve ser lançado em português e francês ainda em 2025. A publicação oferece aos profissionais de saúde uma ferramenta prática, concisa e interativa para a identificação precoce de sinais e sintomas oncológicos em menores de 19 anos, com orientações clínicas organizadas por níveis de prioridade para encaminhamento.
Segundo o professor, que atualmente realiza seu pós-doutorado na sede da OPAS/OMS Américas, em Washington, “o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil é uma prioridade global em saúde pública, pois aumenta as chances de cura e há redução dos efeitos colaterais do tratamento, assim como melhora a qualidade de vida das crianças e suas famílias”.
Como consultor e pós-doutorando na OPAS/OMS, Lopes Júnior integra diretamente a implementação da iniciativa Cura Total nas Américas e no Caribe, em parceria com o St. Jude Children's Research Hospital, referência mundial em oncopediatria.
“O guia representa um importante avanço na resposta dos sistemas de saúde das Américas frente ao câncer infantil e reafirma o compromisso da academia brasileira com a promoção da equidade em saúde e a cooperação internacional”, diz o professor.