Em reunião com comando de greve, gestores da Ufes reafirmam necessidade de abertura imediata dos portões

16/04/2024 - 21:55  •  Atualizado 17/04/2024 19:27
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Foto da sala de reuniões da Reitoria, com todos os participantes em reunião, sentados em volta da mesa

A abertura dos portões de acesso ao campus de Goiabeiras, com a garantia do direito constitucional de ir e vir da comunidade. Este foi o apelo feito pelos representantes da gestão da Ufes aos membros do comando de greve dos docentes na primeira reunião da comissão de interlocução com o movimento grevista, realizada na tarde desta terça-feira, 16.

“O essencial para nós é o acesso livre à Universidade”, afirmou o pró-reitor de Políticas Afirmativas e Assistência Estudantil, Antônio Carlos Moraes. “Essa universidade é pública. É um direito de todos o livre acesso a ela”, reforçou a pró-reitora de Graduação, Cláudia Gontijo.

Após a apresentação de vários argumentos sobre a necessidade de liberação do acesso, e diante da afirmação do comando de greve de que não era possível garantir a abertura dos portões do campus de Goiabeiras a partir desta quarta-feira, 17, e até uma nova tomada de decisão por parte da Administração, a comissão de interlocução apresentou uma lista com algumas atividades consideradas imprescindíveis (além das já pontuadas, como a abertura do Restaurante Universitário e o acesso à escola municipal), para as quais é necessária a entrada de servidores no campus, como a abertura do Teatro Universitário para a realização de eventos acadêmicos e culturais previamente agendados, serviços realizados por empresas terceirizadas e o acesso dos diretores aos centros de ensino, entre outras.

Participação estudantil

Outro ponto abordado durante a reunião foi a participação de representantes estudantis no grupo de trabalho que acompanhará o movimento grevista dos docentes. Foi acordado que, assim como os professores, os estudantes terão quatro representantes. A Reitoria aguarda a indicação dos nomes dos docentes e dos estudantes que constituirão o grupo.

Foi reiterada, ainda, a manutenção dos auxílios estudantis e das bolsas que estão sob a gestão da Ufes.

Além dos pró-reitores Antônio Carlos Moraes e Cláudia Gontijo, representaram a gestão da Ufes na reunião o pró-reitor de Extensão, Ednilson Felipe; a pró-reitora de Gestão de Pessoas, Josiana Binda; a assessora de Relações Políticas com a Comunidade Acadêmica, Patrícia Rufino; e o assessor de Relações Interinstitucionais, Gustavo Teixeira.

Representando o comando de greve dos docentes estavam as professoras Ana Carolina Galvão, Lívia Moraes e Patrícia Santos. A reunião contou ainda com a participação do estudante Rafael Benedito e, representando o Diretório Central dos Estudantes (DCE), Nicoly de Moura e Walace Vargas.

A Administração Central da Ufes reafirma que reconhece a legitimidade do movimento e das pautas apresentadas pelos docentes, mas reforça seu compromisso de trabalhar para minimizar ao máximo os impactos da paralisação da categoria para a comunidade universitária e para a sociedade.

A Administração Central também reforça o compromisso de não judicializar a greve. Entretanto, não será leniente com atitudes ilegais como, por exemplo, o impedimento do direito constitucional de ir e vir.

Foto: Thereza Marinho

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