De volta aos palcos para celebrar o centenário de Bibi Ferreira, o espetáculo Bibi, uma vida em musical estreia nova turnê nacional em Vitória, no palco do Teatro Universitário. As apresentações acontecem na sexta-feira, 10, no sábado, 11, e no domingo, 12. Os ingressos estão à venda pelo site Sympla e na bilheteria do teatro (das 14 às 19 horas, até sexta).
Com direção geral de Tadeu Aguiar, direção musical de Tony Lucchesi e texto de Artur Xexéo e Luanna Guimarães, o musical é protagonizado por Amanda Acosta, coroada pela atuação em prêmios importantes do teatro brasileiro, como o da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e o da Cesgranrio. Além da atriz, o espetáculo conta com mais 17 atores, que interpretam 33 canções – cinco delas criadas especialmente para o espetáculo, com letra e música de Thereza Tinoco, que já teve composições gravadas por artistas como Simone, Ney Matogrosso e Lucinha Araújo.
No musical, a história familiar, profissional e amorosa de Bibi Ferreira se enredam. A formação em música, dança e línguas estrangeiras foi estimulada pela mãe Aida Izquierdo, bailarina espanhola. Já a estreia profissional no teatro, aos 19 anos, foi pela mão do pai, o ator Procópio Ferreira, em papel escrito por ele para a filha. Assim, o espetáculo percorre todas as fases da vida da artista, da escolha do seu nome, sua preparação para os palcos, os espetáculos musicais, como os inesquecíveis Gota d’Água, de Paulo Pontes e Chico Buarque, e My Fair Lady, seus casamentos, o nascimento da filha Tina Ferreira, a homenagem da escola de samba Viradouro, até a sua chegada a um teatro da Broadway, aos 90 anos.
O espetáculo celebra ainda o legado de Artur Xexéo, morto em 2021. Um dos maiores jornalistas brasileiros, autor de espetáculos como Cartola – O Mundo é um Moinho, Eu Não Posso Lembrar Que Te Amei – Dalva e Herivelto e Hebe, o Musical, ele era fã confesso e avaliou a importância de Bibi Ferreira na profissionalização de atores e atrizes no Brasil. “No teatro musical, ela foi, sem dúvidas, a primeira atriz brasileira pronta para o gênero. Antes dela, havia as vedetes de revista, não necessariamente atrizes”, declarava Xexéo.