Universidade Federal do Espírito Santo
Após uma semana de estreias nacionais, com direito a ciclo temático sobre obras de Clarice Lispector, o Cine Metrópolis traz dois destaques internacionais para a sua programação. A partir desta quinta-feira, 11, o público poderá assistir às comédias Aquela sensação que o tempo de fazer algo passou, da norte-americana Joanna Arnow, e Nosso verão daria um filme, do grego Zacharias Mavroeidis.
Destaque no Festival de Cannes, Aquela sensação... acompanha Ann, uma nova-iorquina estagnada em várias partes de sua vida. Com um emprego medíocre, uma relação complicada com a família e relacionamentos casuais irrelevantes, ela se sente cada vez mais isolada do mundo. Estrelado pela própria diretora, o longa abusa do humor autodepreciativo para tornar hilárias as situações nas quais Ann se envolve no dia a dia.
Já Nosso verão daria um filme parte da amizade dos jovens Demos e Nikitas. Enquanto relembram momentos marcantes do último verão, eles percebem que as memórias têm potencial para basearem o primeiro longa-metragem de Nikitas. No entanto, as lembranças também podem detonar alguns conflitos até então adormecidos. O longa integrou a mostra Giornate Degli Autori, do 80º Festival de Veneza.
Em cartaz
Segue em cartaz o filme A Hora da Estrela, dirigido por Suzana Amaral e baseado na obra de Clarice Lispector. Relançado em 4K, o filme venceu uma série de prêmios nos festivais de Berlim e Brasília.
Na quarta-feira, 17, o curso Imagens do Cinema exibe o documentário Tokyo-Ga, de Wim Wenders, às 13 horas, seguido de debate com o professor Fábio Camarneiro, do Departamento de Comunicação Social da Ufes (Depcom/Ufes). A entrada para essa sessão é gratuita.
Confira as sinopses de todos os filmes em cartaz de 11 a 17 de julho no Cine Metrópolis:
Aquela sensação que o tempo de fazer algo passou, de Joanna Arnow (EUA, 2024)
Ann, uma nova-iorquina melancólica de 31 anos, se sente estagnada em várias áreas de sua vida. Ela se sente frustrada sendo submissa em seu relacionamento casual, com seu emprego irrelevante e sua família judaica problemática. Se sentindo cada vez mais isolada, ela luta contra si mesma e seus relacionamentos.
Nosso verão daria um filme, de Zacharias Mavroeidis (Grécia, 2024)
Enquanto passam os dias nas águas de uma praia ensolarada em Atenas, os melhores amigos Demos e Nikitas revisitam as memórias inesquecíveis e cinematográficas do último verão. Durante esse tempo, as lembranças vão ganhando vida sob a perspectiva de transformá-las em um roteiro para o primeiro longa-metragem de Nikitas. Ao imaginar suas vidas como um filme, conflitos que estavam pendentes surgem, abalando a amizade colorida entre eles.
A Hora da Estrela, de Suzana Amaral (Brasil, 1985)
Macabéa (Marcélia Cartaxo) é uma imigrante nordestina, que vive no Rio de Janeiro. Ela trabalha como datilógrafa em uma pequena firma e vive em uma pensão miserável, onde divide o quarto com outras três mulheres. Macabéa não tem ambições, apesar de sentir desejo e querer ter um namorado. Um dia ela conhece Olímpico (José Dumont), um operário metalúrgico com quem inicia namoro. Só que Glória (Tamara Taxman), colega de trabalho de Macabéa, tem outros planos após se consultar com uma cartomante (Fernanda Montenegro).
Tokyo-Ga, de Wim Wenders (Alemanha/EUA, 1985)
Inspirado pela vida e obra do diretor Yasujiro Ozu, o documentarista Wim Wenders viaja para o Japão em busca da cidade de Tokyo, idealizada como o cenário visto nos filmes de Ozu.
Os horários das sessões estão disponíveis no site do Cine Metrópolis.
