A Ufes recebe entre os dias 11 e 14 de novembro o Encontro Anual de Etologia, que traz como tema Etologia da Conservação: caminhos para a coexistência. Será a primeira vez que a Universidade vai sediar o evento, que está em sua 42º edição e tem como objetivo popularizar esse ramo da biologia – que estuda o comportamento animal e sua interação entre si e o ambiente – e oportunizar a troca de experiências entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros.
Pessoas interessadas em participar podem se inscrever por meio deste link. O evento é voltado para especialistas em etologia, ecologia e conservação, além de comunidades locais que possuem conhecimento tradicional sobre a fauna e a flora.
Durante os quatro dias de evento serão discutidos temas como a adaptação das espécies às mudanças ambientais, o papel da etologia na restauração de ecossistemas e as implicações para a convivência entre humanos e outros animais em áreas urbanas. A programação terá simpósios; mesas-redondas; plenárias; minicursos; apresentações de trabalhos; assembleia; concurso de fotografia; e uma homenagem póstuma ao professor Mateus da Costa, um dos principais nomes da Etologia aplicada no Brasil. O coral indígena Werá, da aldeia Nova Esperança, em Aracruz, também fará uma apresentação.
Além disso, haverá a entrega do Prêmio César Ades, criado pela Sociedade Brasileira de Etologia (SBEt) em 2020 para incentivar a qualidade da produção científica em Comportamento Animal no âmbito da pós-graduação. As atividades vão acontecer no auditório do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), no campus de Goiabeiras.
Transformações ambientais e sociais
A professora do Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento da Ufes Rosana Tokumaru, uma das coordenadoras do encontro, destaca a satisfação pelo fato da Universidade ser a anfitriã desta edição do encontro. “O evento tem mais de quatro décadas de história e já passou por importantes universidades do país. Sediá-lo é motivo de orgulho, é um reconhecimento à consolidação da Etologia como campo de pesquisa e ensino, e também uma oportunidade de fortalecer a área no Espírito Santo, ampliando o diálogo entre grupos de pesquisa de diferentes regiões do Brasil”, analisa.
Na visão dela, os temas escolhidos são de discussões fundamentais, pois a humanidade vive um momento de intensas transformações ambientais e sociais que afetam diretamente a coexistência entre humanos e outras espécies. “A Etologia tem muito a contribuir para compreender como os animais humanos e não humanos respondem às mudanças no ambiente, como podemos mitigar conflitos entre espécies e como o comportamento pode ser um aliado em estratégias de conservação e restauração ecológica”, opina.
Todas as informações sobre o encontro estão disponíveis no site do evento.
            Universidade Federal do Espírito Santo